Não marquei na última resposta, mas gostaria que você se manifestasse sobre o ponto principal:
1. Na sua opinião, há ou não benefício para a empresa pelo ocultamento das chances?
2. Em caso negativo, o que justificaria a não exposição das chances?
Para encerrar, a relação de consumo aqui é inegável. Embora você possa objetar a questão da não vinculação da moeda virtual ao que será efetivamente comprado, isso não afasta a relação de consumo e a verdade que as roletas continuam a existir... sem exposição das chances.
O sistema que se utiliza aqui hoje Gui, é o mesmo que jogos mais recentes chamam de loot boxes, que por sua vez, são, basicamente, uma subcategoria de microtransação. Assim como nas demais microtransações, há o intercâmbio de dinheiro real por créditos em um jogo específico. O diferencial de que esses créditos não são usados diretamente para que o jogador adquira algo específico e determinado dentro do jogo. Ao invés disso, paga-se por um item surpresa, como em uma máquina de caça níqueis.
Na China em 2017, entrou em vigor uma regulação que obriga as empresas responsáveis pelos jogos que fornecem serviços de loot boxes a discriminar, verdadeira e efetivamente, todas as probabilidades envolvidas com o serviço. O governo chinês obrigou essas empresas a serem transparentes quanto às chances de os jogadores conseguirem cada tipo de prêmio com as loot boxes. Por conta disso, temos algumas informações de números específicos, por exemplo, o que há dentro dos baús, quantos baús abrir até vir um limitado, super limitado, etc..
No Brasil os caça niqueis são proibidos, um projeto de lei do senado que tramita desde 2014 (logo se percebe o interesse) , visa legalizar os jogos de azar no Brasil, mas, independente do resultado desse processo legislativo não nos colocaria no mesmo patamar da China em questão de transparência. E não imagino uma comissão brasileira tão interessada na qualidade do serviço oferecido em jogos, sendo que até hoje a tributação sobre os mesmo é absurda.
Você abordou um assunto interessantíssimo aqui, infelizmente boa parte das pessoas ao invés de buscar conhecimento, encontrar argumentos e contra-argumentar, vão simplesmente falar o que pensam e assumir como verdade absoluta.
Não sou administrador, não terminei a faculdade de direito, tudo que eu falei foi ba
Parabéns pelo post.
Bom dia, partilho da mesma opinião do criador do Post, e sim também já li sobre a resolução na China que obriga as empresas de jogos, que dentro do seu jogo sejam expostas as porcentagens de sucesso, sobre sorteios ou jogos de azar como preferem falar (é logico, que ninguém vai investir em um evento com chance de 0% a 1% de sucesso). Não vejo nenhum tipo de dificuldade da OASIS de se posicionar sobre isso, até pq o único argumento da mesma é "questão de sorte". mas verdadeiramente existe (e eles sabem muito bem) uma porcentagem "Calculada" e "Validada" por trás do Game que não chega aos jogadores. Ou seja, a OASIS não quer e não vai se comprometer a entregar nada que não seja descrito em alguma Lei. ou seja, obviamente a OASIS visa o LUCRO MASSIVO, mesmo que custe lesar os jogadores com 'falsas promessas'. só isso. GuiFonseca, não sou do meio Jurista, mas acredito, que se houver alguma coisa onde os jogadores possam também "Assinar em baixo" expondo que também sentem-se lesados por falsas perspectivas, é possível consigamos alguma justificativa
Mas isso é com toda certeza, todas empresas que usam dessa prática para gerarem receita, não se importam com quem as consome, vide EA games, recentemente. Que acabou por sofrer um boicote e trouxe a tona toda essa situação. Na Bélgica se não me engano, jogos com essas características são proibidos.
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